Tecnologia 4.0: vilã ou aliada das empresas de logística?

Implementar novas tecnologias no setor de logística é a garantia de entregas eficientes, redução do trabalho e clientes satisfeitos

Por Waldir Bertolino, Country Manager da Infor no Brasil

Desde o início do movimento de Indústria 4.0, a área de logística e distribuição enfrenta grandes desafios e mudanças nos processos. Com o mercado global cada vez mais volátil, clientes exigentes e desafios com a cadeia de suprimentos, as empresas precisam ter um excelente jogo de cintura para se adequar ao novo rumo do setor e manter a eficiência de suas operações.

De acordo com a Pesquisa de Inovação Semestral (PINTEC), realizada pelo IBGE em dezembro de 2022, das 9,4 mil organizações entrevistadas, por volta de 70% investiu em inovações tecnológicas em 2021 e 58,4% pretendem expandir seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento em 2023. O que antes era vista como uma vilã, hoje a inovação é a maneira mais eficaz de otimizar as atividades com segurança, posicionar a organização no mercado e atrair novos clientes e investidores. 

As tecnologias 4.0, como a IA (Inteligência Artificial), o ML (Machine Learning) e a IoT (Internet das Coisas) ganham destaque no setor logísticos por impulsionar a melhora dos processos e dos resultados. Confira algumas dessas vantagens abaixo: 

Atendimento ao cliente 

A utilização da IA  para automatizar os chats de atendimento tornou a comunicação entre organização e cliente mais rápida e assertiva. Essa tecnologia tem acesso ao banco de dados da empresa e garante um atendimento personalizado ao consumidor, que, dentre outras funções, pode receber recomendações de produtos baseados nas suas necessidades e preferências. 

Gestão de armazéns

Uma grande fragilidade das redes logísticas  era a localização dos produtos  durante o transporte das mercadorias. O uso de IA e do ML para rastrear os itens e informar o status da entrega em tempo real para fornecedores e clientes, aumentou o nível de satisfação dos consumidores e agregou valor aos negócios da marca. Antigamente, ter controle sobre o número de produtos nos estoques e gerenciar as entregas era um processo dispendioso e demorado. Agora, com o auxílio das tecnologias 4.0, além de ter acesso a todas essas informações simultaneamente, ainda é possível avaliar fatores externos, tais como clima, meios de comunicação social, tendências e impactos para uma maior precisão das atividades. 

Soluções Integradas

A integração entre as soluções tecnológicas permite que os distribuidores acompanhem todos os processos e tenham acesso aos produtos disponíveis nos inventários. Com um fornecimento integrado entre fornecedores, revendedores e consumidores, é possível, por exemplo, que o cliente reserve uma peça online, o revendedor seja notificado enquanto o item é separado no estoque virtual e retirado do catálogo, enquanto o fornecedor recebe uma mensagem avisando que o objeto entrou na lista de pedidos a serem enviados. 

Se esse processo fosse realizado manualmente, demandaria mais tempo. Com a digitalização das demandas, o pedido pode ser retirado em poucos minutos e todas as partes são alertadas do movimento da mercadoria. Além de toda a praticidade e rapidez, a tecnologia ainda reduz a margem de erros de comunicação, uma vez que todo o ecossistema logístico é avisado de forma clara e transparente.

Novas estratégias de precificação

A personalização do atendimento também permite que as organizações tenham informações sobre quais produtos estão sendo mais procurados, assim elas direcionam seus esforços para as demandas específicas de produção, armazenamento e distribuição. A ciência dos dados por trás dessa ação possibilita uma definição estratégica dos preços, uma melhora das margens de preços baseada nos dados gerados pelas recomendações e, principalmente, um fluxo de receita previsível. Essa estratégia auxilia as marcas a determinarem os valores dos produtos de maneira mais assertiva. 

O modelo de Indústria 4.0 veio para ampliar as oportunidades de negócios, agregando valor tanto aos serviços quanto aos clientes e funcionários. A implementação da IA, do ML, da IoT e do armazenamento em nuvem no setor de distribuição e logística é um excelente investimento para as empresas que buscam um melhor posicionamento no mercado e um aumento na geração de receitas. Inovação é aliada das companhias do setor rumo ao sucesso dos negócios e a maior rentabilidade a longo prazo. 

Sobre a Infor 


A Infor é líder global em software de nuvem empresarial especializado por setor. Desenvolvemos soluções completas para nossos setores de foco, incluindo manufatura industrial, distribuição, saúde, alimentos e bebidas, automotivo, aeroespacial e defesa e alta tecnologia. Os aplicativos e serviços corporativos da Infor para operações críticas são projetados para oferecer vantagens operacionais sustentáveis com segurança e tempo de retorno mais rápido. Estamos obstinados em fornecer resultados bem-sucedidos para os clientes. Mais de 65.000 organizações em mais de 175 países – de empresas da Fortune 500 a PMEs – contam com os 17.000 funcionários da Infor para ajudar a atingir as metas de negócios. Como empresa Koch, nossa solidez financeira, estrutura de propriedade e visão de longo prazo nos capacitam a promover relacionamentos duradouros e mutuamente benéficos com nossos clientes. Visite  www.latinamerica.infor.com ou www.infor.com.

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Chega de pessimismo: a logística mostra aceleração*

Tenho ouvido muita gente pessimista em relação ao cenário econômico do país. Não quero ser ingênuo, mas espero de fato que tudo avance para o melhor. E as pesquisas comprovam isso. A Sondagem do TRC, estudo divulgado recentemente pelo Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC), trouxe dados importantes sobre como foi o ano passado para esse setor, além de ser um termômetro sobre como o mercado de transportes de carga vai se comportar em 2023.

O balanço geral da receita das cerca de 100 empresas pesquisadas foi positivo: 81% delas cresceram, com um faturamento médio 16% superior a 2021. Mas será que esses números poderiam ser melhores? Com certeza sim.

No ano passado as empresas não repassaram a maioria dos custos aos clientes. E, como não dá para prejudicar mais o desempenho financeiro, a saída foi barrar novas contratações e investimentos. Já para esse ano, os ares estão mais equilibrados, com 51% planejando novas contratações CLT e 20% preferindo a terceirização.

A boa notícia é que o volume transportado cresceu 13,1%, número que será ainda melhor, já que a safra de grãos 2022/23 deverá crescer 14,5%. Só que o preço do frete não acompanha a empolgação de recorde da safra. 

Para 47% dos entrevistados ele se manterá estável, enquanto 27% acreditam que vai piorar e 25% acham que haverá melhora. Na verdade, essa é a maior incógnita para o ano de 2023! Cenário internacional conturbado, mudanças esperadas na Petrobras, gangorra no preço do diesel pela queda do dólar, tudo pode acontecer.     

Ainda segundo a Sondagem do TRC, a média de idade da frota própria teve redução de 0,5 ano, número que em 2023 deve diminuir por conta da regulamentação do Programa Renovar, promovido pelo Governo Federal. 

Nele, caminhões com mais de 30 anos serão recomprados e sucateados, com o caminhoneiro recebendo o valor de mercado do veículo. Os recursos virão de empresas contratadas para exploração e produção de petróleo e gás natural. A agenda com o início e os próximos passos pode sair nos próximos meses. Com dinheiro no bolso, muitos profissionais procurarão veículos novos ou usados, aquecendo as vendas no setor automobilístico. 

Reduzir a idade média da frota sem dúvidas é importante, principalmente para o meio ambiente, que agradecerá milhares de toneladas de monóxido de carbono a menos na atmosfera. Só que, infelizmente, apenas caminhões novos não vão resolver a grave questão do transporte rodoviário no Brasil.

No país 65% das cargas são transportadas por estradas em péssimas condições de conservação. Um pavimento ruim exige mais do motor de um caminhão, que consome mais combustível, diminuindo a rentabilidade do frete. E a conta foi mostrada no  Relatório Executivo do Plano Nacional de Logística 2025: empresas e autônomos têm um gasto anual extra de R$4,89 bilhões.   

No Nordeste, por exemplo, 71,3% da malha rodoviária têm problemas, o que obriga o desenvolvimento de outros modais, como o aéreo, muito mais caro. A situação é tão grave que só o aeroporto de Recife transportou em 2022 mais 47 milhões de quilos, figurando entre os 10 com maior volume de carga no país.

O investimento para infraestrutura de transporte para 2023 é de R$ 18,7 bilhões, praticamente o triplo em comparação ao ano passado. Uma retomada se inicia, mas ainda é pouco em comparação ao que precisa ser feito.

Outro movimento que promete otimizar o transporte de cargas é a regulamentação do Documento Eletrônico de Transporte (DT-e). Mais que um simples documento, ele é uma plataforma que vai unificar as obrigações administrativas exigidas em operações de transporte de carga em todos os modais.    

A iniciativa vai reunir nesta plataforma mais de 90 documentos necessários no transporte, trazendo mais tecnologia e desburocratizando o setor.     

Como deu para perceber, o setor logístico se reinventa e evolui. E tantas transformações têm atraído novos perfis de profissionais. Uma pesquisa realizada pela consultoria Michael Page apurou que essa área é uma das que têm melhor remuneração, onde 80% dos cargos tiveram aumento. 

Mais focados em planejamento, melhoria na experiência do cliente e uso de novas tecnologias, esses profissionais chegam ocupar muitas vagas que há poucos anos não existiam.

E o pilar tecnologia traz a importância da informação e decisões baseadas em dados. Mas não são todas as empresas que estão prontas para ter esse nível de maturidade de maneira rápida como a alta gestão pede.


O modal rodoviário, literalmente, carrega o Brasil nas costas. De que maneira a sua empresa vai contribuir para o crescimento do país em 2024?

* Artigo escrito por Jarlon Nogueira, CEO da AgregaLog – transportadora digital que oferece soluções inovadoras de logística de transporte para a indústria.

75% das companhias terão investimentos em inovação digital até 2026, revela pesquisa

Estudo ainda revela que até 2025, 85% dos CEOs de grandes empresas exigirão informações sobre os resultados dos negócios baseadas em dados. Entenda como os ecossistemas de inovação podem contribuir para este cenário.

 Os investimentos em inovação digital tornam-se cada vez mais relevantes aos negócios que projetam sua continuidade no mercado, ao longo dos próximos anos. De acordo com uma recente pesquisa da International Data Corporation (IDC), até 2026, cerca de 75% das companhias devem ter aportes direcionados a programas e ferramentas tecnológicas capazes de automatizar, trazer eficiência ao dia a dia das equipes e promover tomadas de decisão mais assertivas.

Ainda de acordo com o estudo, até 2025, 85% dos CEOs de grandes empresas exigirão que informações importantes, como os resultados e desempenho dos negócios, sejam reportadas com base em dados. Uma tendência que se justifica por mais uma previsão compartilhada pelo IDC: até 2024, as cinco empresas de destaque em seu setor de atuação, serão as que tiverem estrutura e expertise necessárias para sair de uma crise global, por meio da inovação.

Nesse sentido, empresas como a Gentrop, advisor em tecnologia e expert em transformação digital por meio de ferramentas e ecossistemas de inovação, têm registrado um crescimento exponencial nos últimos anos, em virtude de todas as contribuições que as soluções oferecidas pela empresa têm proporcionado aos negócios – alguns deles com milhares de colaboradores – que se desafiaram na nuvem.

“A transformação digital, por meio de ecossistemas de inovação que apoiam a colaboração e a produtividade das equipes, assim como ações e estratégias de relacionamento das marcas com seus públicos, já são uma realidade em muitas empresas que ingressaram nessa jornada. Vemos, hoje, ferramentas que concentram uma grande quantidade de informações em dados, disponibilizados em nuvem; auxiliam com respostas automáticas; integram dados obtidos por meio de diferentes soluções em uma única plataforma; e outras, com foco em people analytics, que conectam insights de tecnologia com comportamento humano”, destaca Raquel Lebrão, head de marketing da companhia. 

Com sete anos de atuação e operações no Brasil e América Latina, a Gentrop oferece soluções e ferramentas em nuvem com foco em marketing, colaboração, produtividade e vendas. Suas iniciativas são projetadas para alavancar os resultados dos clientes e ajudá-los na transformação digital do ambiente de trabalho. A empresa se destaca no mercado em diversos prêmios e certificações, com a implantação de ecossistemas de inovação que já impactaram a rotina de equipes de marketing inteiras – ao todo, mais de meio milhão de colaboradores de seus clientes -, bem como o relacionamento e as estratégias de comunicação e vendas de diversos negócios junto ao seu consumidor final. Entre as grandes empresas que implementaram ou aceleraram seus processos de transformação digital com a Gentrop, estão a Alpargatas, Braspress, Estapar, Polishop, Blau Farmacêutica, Re/max, Bexs Banco, Malwee, Ikesaki, Grupo Super Nosso, Casa dos Ventos, Liq e muitas outras. 

Para mais informações sobre a Gentrop, acesse: www.gentrop.com 


Sobre a Gentrop
 

Desde 2016 com operações no Brasil, a Gentrop é o advisor em tecnologia com expertise em criação de processos de transformação corporativa e gestão de dados, tendo como missão auxiliar empresas a inovarem e se desafiarem na nuvem, com projetos que apoiam a inovação além do digital. Ao lado de seus maiores parceiros, Google e Salesforce, a empresa desenvolve soluções tecnológicas para gerar ambientes conectados como um mecanismo de melhora de vida do ser humano e das empresas. Com base na transformação cultural, principal pilar da Gentrop, os produtos e serviços são focados em desenvolver um ambiente de inovação dentro de cada cliente, a partir dos ecossistemas – colaborativo, produtivo, de relacionamento, inteligência e comportamento -, diferencial criado pela marca. Ao longo de sua trajetória, a Gentrop consolidou um portfólio com as melhores e mais eficientes tecnologias, atendendo grandes empresas ao redor do país e do mundo, com soluções que incluem segurança, colaboração, comunicação, gestão, marketing e vendas.

Relação cliente e setor de tecnologia

*Por Ulisses Souza

No dia 15 de março comemoramos o Dia Mundial do Consumidor Cliente, portanto, aproveito a oportunidade para ressaltar a importância da relação de consumo no segmento de tecnologia.

Esta pauta, por suas características intrínsecas de constantes atualizações, requer um exercício diário dos fornecedores de soluções para acelerar as iniciativas de inovação e atualização do setor.

De acordo com uma pesquisa, intitulada Brazilian Software Market Study – Overview and Trends 2022, o mercado de TI em 2021 cresceu 17,4% no Brasil, e 11% no mundo inteiro. Dessa forma, o mercado brasileiro de TI foi avaliado em US $ 45,7 bilhões no ano de 2021.

Já para 2022, de acordo com os dados produzidos pela Advance Consulting, especificamente no mercado brasileiro, era esperada uma alta de 23,4% em relação ao ano anterior.

Vale ressaltar que a referida alta teve como gatilho a crise acarretada pela COVID-19, que estimulou o setor na criação de soluções que preservassem o relacionamento de consumo entre as marcas e o seu público, dificultado sobremaneira pela necessidade de isolamento social.

Nessa perspectiva houve uma velocidade, no segmento de TI, para a entrega de ferramentas advindas de soluções tecnológicas dentro de cada especialidade e contexto do portfólio das marcas representadas.

No reboque desta crescente automatização, os serviços públicos municipais, estaduais e federais também perceberam a necessidade de se atualizarem junto a população servida por estes órgãos.

De acordo com pesquisa publicada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (Cetic) em julho de 2022, com dados coletados em 2021, os governos têm se tornado cada vez mais digitalizados, o que contribui para a redução da burocracia na entrega, melhor experiência do cliente – cidadão, e o menor número de servidores públicos em repartições.

Não restam dúvidas que as soluções digitais melhoraram o dia a dia dos clientes otimizando tempo, simplificando processos, eliminando a necessidade de presença física e, por fim, aproximando as marcas do seu público.

Outro setor que se destacou como facilitador de destas soluções digitais é o de startups e fintechs financeiras que usam a tecnologia de forma intensiva para oferecer serviços especializados, com diversos benefícios tanto para os usuários quanto para o sistema financeiro do país como um todo.

Quem não se recorda como era burocrático abrir uma conta corrente em uma instituição financeira? De acordo com o Blog Simply, o número de fintechs por conjunto de anos estava apresentado desta forma:

  • Antes de 2000: 20
  • 2000 – 2010: 144
  • 2011 – 2015: 306
  • 2016 – 2022: 819

Vimos que a presente tendência nos aponta para uma realidade com grandes benefícios para a cadeia produtiva. Empresas e governos se tornam mais eficientes no que se propõem junto ao seu público e, sobretudo, permitem o acesso facilitado nesta relação cliente e tecnologia.

Contudo, é mister que, nesta relação, as empresas disponham conhecimento sobre segurança da informação e invistam para que, além de ágeis e desburocratizadas, as mesmas soluções digitais sejam seguras e funcionais para quem as utiliza.

E qual é o futuro desta relação cliente x setor de tecnologia? Melhor acesso aos menos favorecidos e anteriormente excluídos desta relação, melhor desempenho nas transações financeiras, melhor planejamento do tempo, melhores condições e acesso ao conhecimento dos produtos, entre outros.

*Ulisses de Souza é diretor comercial e de marketing da Hypesoft, consultoria global de tecnologia especializada em outsourcing, desenvolvimento de soluções de tecnologia sob demanda e hunting.

Com passagens em segmentos de BPO de Contact Center, Consultoria em Projetos de Engenharia e Setor de Logística e Transportes, coleciona diversas experiências na gestão de novos projetos e negócios. 

A escassez de profissionais de tecnologia impedirá transformação digital do Brasil

*Por Vitor Magnani

Com a evolução da tecnologia, surgem constantemente novas soluções que transformam a vida das pessoas. Nesse sentido, empresas concebidas antes do surgimento da internet vêm cada vez mais usando o processo de digitalização para ampliarem os avanços tecnológicos que impactam pessoas de todo o mundo. Essa modernização é muito aplicada para possibilitar o comércio digital, novos meios de pagamento, políticas públicas, logística e delivery, entre outros fins – e contribui para o aperfeiçoamento do desempenho das organizações e, consequentemente, o alcance de suas soluções.

Por outro lado, a falta de profissionais de tecnologia para essas soluções digitais é um desafio constante em muitos países. Em um mundo cada vez mais digital, as empresas precisam de profissionais habilitados e capacitados para desenvolver e implementar recursos para atender às suas necessidades. Considerando que a demanda por esses talentos está superando a oferta, a capacidade das empresas de diversos setores de competir no mercado é afetada diretamente.

A propósito, a última previsão divulgada pelo Gartner aponta que os gastos mundiais com TI crescerão 2,4% em 2023. A tendência é que esses investimentos sejam destinados principalmente para o combate aos crimes cibernéticos, que continuam ocorrendo independentemente das crises econômicas globais. Para se ter uma ideia, a empresa de pesquisas Canalys prevê que o mercado de segurança cibernética deve movimentar, este ano, aproximadamente US$ 223 bilhões.

Mas como a escassez de talentos de tecnologia deve ser superada? Uma solução viável é investir em programas de treinamento e capacitação – há empresas de todos os portes oferecendo mentorias para os seus colaboradores, a fim de desenvolver suas habilidades e conhecimentos em tecnologia, por exemplo. Além disso, outro recurso interessante é a união entre companhias e instituições de ensino técnico para a criação de programas de capacitação que contribuam para preparar jovens e iniciantes na profissão.

É válido ressaltar que alguns países encaram essas mesmas condições, mas muitos deles podem ter uma abundância de profissionais qualificados. Por isso, as empresas podem buscar esses talentos estrangeiros e oferecer-lhes oportunidades de trabalho em suas próprias organizações, inclusive de forma remota. Ao dispor desses profissionais, as empresas devem integrá-los aos times de trabalho existentes, maximizando a sua contribuição para a companhia.

Em contrapartida, a exploração de novas tecnologias – como inteligência artificial e automação – podem ser alternativas proveitosas para a execução de tarefas que antes eram realizadas manualmente pelos profissionais de tecnologia. Essa não é uma opção que os substitua por completo, mas sim uma forma de atender demandas repetitivas e, ao mesmo tempo, não tão complexas.

Em resumo, a falta de profissionais de tecnologia para soluções digitais é um problema complexo e que precisa ser abordado com maior atenção, criatividade e eficácia pelas companhias. Investir em programas de treinamento e capacitação, atrair profissionais de outros países e explorar novas tecnologias são algumas das soluções para esse cenário. Desse modo, as empresas poderão garantir que os seus serviços tenham êxito e vigorem no mercado.

*Vitor Magnani é presidente do Movimento Inovação Digital (MID).

Sobre o Movimento Inovação Digital (MID):

Movimento Inovação Digital (MID) é uma entidade que reúne as maiores plataformas digitais do País nos segmentos de marketplaces, e-commerces, healthtechs, bancos digitais, fintechs, meios de pagamento, investidores e outros. O MID surgiu para representar e abordar interesses coletivos relacionados ao ecossistema digital junto ao Poder Público, instituições de ensino e sociedade civil.

Para isso, ela fomenta ações públicas e privadas que contribuam para o desenvolvimento da transformação digital, competitividade e sustentabilidade no Brasil. Atualmente, o Movimento reúne mais de 150 empresas, como Mercado Livre, Quinto Andar, Loft, 99, GetNinjas, PayPal, Loggi, Movile, Americanas, C6 Bank, Facily, Rappi, Tembici, OLX, WorldPay, Hotmart, Dr.consulta, Teladoc, Maida.Health, Adiq, PaySmart, Banco Inter, Grupo Mosaico, Leroy Merlin, BanQi, Whirpool, Banco Carrefour, Monetizze, Sodexo, TecBan, Edenred, entre outras.

Para mais informações visite o site https://movimentoinova.com.br/ e acompanhe o MID nas redes sociais: LinkedInInstagram e Facebook. Confira no Youtube as propostas do MID para os prestadores de serviços e apps.

Como a IA está impactando o futuro das profissões e dos conselhos administrativos

*Por Claudia Elisa Soares

Estamos no momento em que a transformação é potencializada pela Inteligência Artificial (IA), com ferramentas como o ChatGPT na vanguarda desta renovação. Ultimamente temos acompanhado de forma assombrosa como o chatbot desenvolvido pela OpenAI é capaz de compreender perguntas e trazer informações complexas sobre diversos assuntos. 

O sucesso da ferramenta é tamanho, que atingiu 100 milhões de usuários ativos em apenas dois meses após o lançamento. O TikTok, app para compartilhamento de vídeos curtos, por exemplo, chegou a esse volume de usuários em nove meses, enquanto que o Instagram demorou dois anos e meio.

Contudo, ao mesmo tempo em que a novidade ganha admiradores, também há aqueles com olhares mais desconfiados. Isso acontece porque há o impacto que a Inteligência Artificial e ferramentas como o ChatGPT estão trazendo aos negócios.

É possível que setores como o de marketing e publicidade coloque redatores humanos para tarefas mais criativas e personalizadas, principalmente por conta da capacidade que o chatbot tem de gerar conteúdo escrito de alta qualidade para campanhas. O mesmo pode ocorrer em áreas correlatas da comunicação como a de criação de conteúdo e o jornalismo. 

Já no setor da saúde a ferramenta poderá ser utilizada para trazer informações médicas mais rápidas e assertivas aos pacientes, diminuindo algumas demandas básicas dos profissionais de saúde. Outro mercado que pode ser impactado é o financeiro, que terá a oportunidade de usar a tecnologia em áreas como a de banco de investimento para analisar dados e fornecer insumos para tomada de decisão.  

No centro das discussões sobre o futuro das profissões estão os conselhos. Afinal, são os conselheiros que traçam um panorama dos negócios para oferecer informações e orientações aos tomadores de decisão. Em um cenário com evolução e impactos das inovações, é fundamental que o conselho de administração acompanhe essas transformações e se atualize para manter sua relevância. 

Neste momento, o ideal é que a agenda estratégica de conselheiros inclua conhecimentos abrangentes sobre IA e seus impactos no mercado, com as considerações éticas que acompanham sua implementação. Neste sentido, os membros do conselho precisam estudar constantemente para ampliar suas habilidades e competências.

Assim, ele terá compreensão da governança e privacidade de dados, além de entender também as implicações legais da utilização de ferramentas de IA para tomar decisões informadas e avaliar os riscos e benefícios potenciais da adoção desta tecnologia. Outro ponto importante para os conselheiros é buscar uma maior diversidade no colegiado, que deve ser composto por membros de diferentes formações, incluindo especialistas em tecnologia e dados, o que pode trazer novas perspectivas e ideias para as discussões.

Em suma, já é significativo o impacto da IA em diversos setores e profissões e isso deve aumentar no futuro. Pensando mais a curto prazo, a tecnologia pode ajudar os membros do conselho, trazendo insights que informam suas decisões, porém é improvável que ela consiga suprir totalmente a experiência e o julgamento humanos fundamentais para governar uma organização com a eficiência necessária.

Importante notar que o objetivo da IA é auxiliar os humanos em suas atividades e não substituí-los. Segundo próprio chatGPT, quando indagado se poderia substituir os conselheiros em um board, ele afirmou que “os membros do conselho são responsáveis por fornecer governança, supervisão e orientação a uma organização e devem ser capazes de entender os objetivos, a cultura e a estratégia da empresa. Eles também precisam ser capazes de identificar e gerenciar riscos e fornecer informações sobre decisões críticas que afetam o futuro da organização. Essas tarefas exigem um toque humano e uma perspectiva que a IA ainda não é capaz de replicar”.

Claudia Elisa Soares é especialista em ESG e transformação de negócios e líderes e conselheira em companhias abertas e familiares

Prioridades tecnológicas em 2023 e o papel do governo nesse cenário

Mudança de governo, guerra no cenário internacional, inflação e recessão econômica. Esses são alguns dos desafios que assustam o empresariado brasileiro nesse início de ano. Em um cenário como esse, a reação mais comum é a de responder à incerteza econômica com corte de gastos, em vez de defender mais investimentos. Contudo, é o momento de repensar essa dinâmica.

Como alternativa, a tecnologia se mostra um forte impulsionador da transformação do negócio e da sociedade, além de um aliado para a sobrevivência empresarial no ano que está começando.

De acordo com uma pesquisa da McKinsey & Company, se o mercado continuar no mesmo ritmo das últimas décadas, 75% das grandes empresas que estão no S&P 500 – maiores empresas americanas que equivalem a cerca de 80% da capitalização total – sumirão e se tornarão irrelevantes até 2027.

O enfoque do investimento digital tem se transformado cada vez mais, na medida em que a tecnologia tem um papel mais importante em entregar valor para a organização. Dessa forma, repensar o modelo de negócio em torno de uma abordagem mais digital é criar uma nova vantagem competitiva e até novas propostas de valor.

Então, a questão é: é possível passar a enxergar os investimentos tecnológicos, saindo de um ponto de vista de corte de gastos, para um olhar de geração de receita em tempos de crises?

Foco, propósito e coragem não são os únicos elementos necessários para alcançar essa mudança. É preciso estabelecer uma estratégia que não exclua os ecossistemas externos, os quais evitam desperdiçar recursos e os habilitam a uma política orçamentária focada em características próprias da companhia e que possa garantir maior flexibilidade e mais investimentos.

Atualmente, as empresas que mudam o seu formato de trabalho e se adaptam para modelos mais abertos de negócios se tornam mais ágeis e assertivas. 2023 seguirá evoluindo e o tradicional modelo de sourcing será cada vez mais superado pelo crescimento e adoção de um modelo de organização de um ecossistema tecnológico. Nesse sentido, algumas tecnologias serão impulsionadas.

Uma delas são as APIs (Interface de Programação de Aplicação), que têm um importante papel na criação de uma arquitetura colaborativa, capaz de gerar novos modelos de negócios baseados em ecossistemas. Ao compartilhar recursos de parceiros e terceiros, é possível obter flexibilidade e foco nos investimentos necessários para enriquecer a experiência do cliente, possibilitando a monetização de forma inovadora.

Nesse caminho, também temos os dados, cuja gestão não está voltada apenas para a visão holística e transparente da performance do negócio, mas também pode ser a base para a evolução da proposta de valor. Além disso, representam o ativo principal nas mãos das empresas, já que podem ser monetizadas, representando um ótimo exemplo de geração de receita.

Pensando em nível nacional, o digital é uma das principais alavancas políticas nas mãos do governo para apoiar o desenvolvimento do Brasil. Hoje, os dados justificam como o digital tem o potencial de aumentar a produtividade e inovar a cadeia de geração de valor a partir de novos modelos de negócios.

Outra alavanca de políticas sociais são as redes de banda larga de alta velocidade, que fornecem aos indivíduos e empresas acesso a serviços educacionais e governamentais, que ajudam a diminuir a desigualdade, uma premissa fundamental para qualquer desenvolvimento econômico e social. Em 2023, o 5G, tendência tecnológica do ano, tende a se espalhar cada vez mais pelo País e pode ser um diferencial para as empresas.

Neste sentido, o governo tem um papel central como legislador e como entidade econômica, e precisa democratizar e desburocratizar as aplicações em tecnologia para incentivar que os empresários foquem no Brasil, a fim de que as competências tecnológicas nacionais sejam desenvolvidas, ao invés de comprar tecnologia embarcada do exterior. Aí entra a necessidade de fomentar parcerias com instituições de ensino para capacitar talentos, o que é necessário para recebermos incentivo e sairmos de um PIB baseado em commodities.

Ainda em busca de agregar valor, um caminho possível é reforçar políticas de Open Government e Open Data, que são necessárias para as empresas usarem dados públicos para formar ecossistemas abertos e acelerar a economia. Neste sentido, dados e API, já citados anteriormente, continuam atuando como tecnologias habilitadoras para o governo.

Como tudo acaba sendo uma mudança cultural, as empresas que ainda veem a tecnologia como um elemento e não uma parte fundamental da sua cultura devem repensar o seu formato de trabalho, pois ela é o caminho para gerar vantagens competitivas, além de novas propostas de valor e modelos de negócios. 

Em 2023, cabe às organizações e ao governo entenderem que a presença de uma oferta digital, assim como uma infraestrutura adequada, são elementos fundamentais para tornar o país mais atrativo para investimentos e superar um momento de recessão. O resultado é a valorização de nossa moeda, o controle inflacionário e, por fim, um mercado pujante e próspero.

*Filippo Di Cesare é CEO Latam da Engineering, companhia global de Tecnologia da Informação e Consultoria especializada em Transformação Digital.

Plataformas low-code: Você por que elas têm ganhado espaço no cenário de transformação digital?

Felipe Horta, Outsystems tech lead na Framework Digital, fala sobre o aumento no uso dessas plataformas e também os novos atores no cenário

Aumento da produtividade, menor tempo de entrega das versões e releases das aplicações, utilização de tecnologia de ponta, curva de aprendizado alta e maior retenção de talentos. As plataformas low-code vieram para ficar e ditar novo ritmo na transformação digital do meio corporativo.

Permitindo que aplicativos e soluções digitais sejam criados mesmo diante de pouco, ou nenhum, conhecimento de linguagem de programação, esse tipo de tecnologia vem democratizando o processo construtivo da área ao possibilitar que pessoas de fora da área de tecnologia possam contribuir na construção dos produtos digitais.

Diante dessas novas possibilidades, as organizações, sejam de pequeno, médio ou grande porte, estão cada vez mais se voltando para as plataformas low-code com o objetivo de atender às demandas crescentes pela criação de aplicativos e contribuir para a construção de fluxos de trabalho automatizados e altamente personalizados. O resultado dessa recente realidade leva a uma entrega de valor muito mais rápida, assertiva às necessidades e de custo reduzido para as companhias.

Até por isso, não é de se espantar que as projeções para o mercado mundial de tecnologias low-code estejam em proporções altíssimas. Segundo um estudo desenvolvido pela consultoria Gartner, a expectativa é de que esse mercado movimente cerca de US$ 26,9 bilhões em 2023 (R$ 140 bilhões), um aumento de 19,6% em relação ao ano passado. Mais do que isso, a instituição afirma ainda que até 2024, cerca de 65% das aplicações no mundo serão desenvolvidos a partir de plataformas low-code.

Novos atores no cenário

Não existe mais questionamentos de que atualmente estamos vivendo a era digital. Todas as empresas, soluções ou produtos estão passando, ou já passaram, pelo desenvolvimento tecnológico na busca pela simplificação de processos e otimização de custos. Porém, diferentemente do que muitos imaginam, o desenvolvimento dessa nova era precisa envolver muito mais do que apenas os profissionais de TI.

Outro número interessante divulgado pela Gartner estima que ao menos 50% dos colaboradores envolvidos nos projetos de desenvolvimento digital serão pessoas de fora do universo de TI até 2025. Conhecidos como ‘Citizen Developer’ (em inglês, algo como desenvolvedor cidadão) – termo trata de pessoas que não estão inseridas no setor de tecnologia, mas mesmo assim são responsáveis pela construção de softwares -, esses profissionais conseguem se aproveitar da simplicidade das plataformas low-code para elaborar ferramentas assertivas diante dos problemas cotidianos das empresas.

Obviamente as aplicações ‘core’ ainda irão exigir performance e segurança mais complexas e robustas, até por atingir públicos maiores e necessitar de uma capacidade técnica maior, que só os desenvolvedores conseguem resolver. Porém, não há como deixar de lado o papel importante que vem sendo desempenhado pelos ‘Citizen Developers’, que irão ajudar a preencher uma demanda gigantesca prevista para os próximos anos. O desafio do mercado é apenas ficar atento se essa abertura para o desenvolvimento digital não pode gerar o efeito contrário ao desejado, acarretando em novos problemas à área. Até por isso a vigilância é fundamental.

A verdade é que não há como ignorar os méritos que as plataformas low-code vem trazendo para o cenário de transformação digital das corporações. Contar com desenvolvedores de TI e também profissionais de outras áreas que possam atuar neste tipo de ferramenta é essencial para que as empresas alcancem de forma mais rápida o nível de competência tecnológica exigido pelo ecossistema que estamos construindo

*Felipe Horta é Outsystems tech lead na Framework Digital. Formado em Engenharia Elétrica pela PUC-Minas e com inúmeros certificados em OutSystems, possui mais de 30 anos de experiência no setor de tecnologia. Desde 2017 está na Framework, onde é uma das principais referências da empresa.

Chat GPT, uma alternativa para automatizar processos em benefício aos Clientes

Artigo por Fabiano Falvo, vice-presidente digital hypeone

O ChatGPT, lançado como um protótipo de Inteligência Artificial aberto ao público, segue impressionando muita gente. Esse modelo de Inteligência Artificial Conversacional, criado pela OpenAI, permanece como o tema quente do momento devido à complexidade das respostas que produz, pela forma conversacional de organização do texto que entrega e por sua praticidade – a ponto de impactar a rotina das empresas, a forma como as pessoas  trabalham, como os estudantes aprendem e todos nós, no nosso dia a dia, pesquisamos. Sem dúvidas, algo que encanta e, ao mesmo tempo, surpreende, porque estamos falando de uma possibilidade de interação e de produção de conteúdo que soa realisticamente humana. Eu entendo o “pé atrás” por parte de algumas pessoas, porque tudo o que é desconhecido causa estranheza, por isso, sempre recomendo conhecer, explorar e fazer do ChatGPT um aliado. Pois isso é o que está transformando o nosso presente e antecipando o que muitos acreditavam ser o futuro – um mundo cada vez mais automatizado.

Não estou exagerando. Há poucos anos, os gadgets conectados à Internet eram coisas inimagináveis, e, hoje, não vivemos sem. Então, partindo do princípio, o ChatGPT nada mais é do que a junção dos chatbots ao GPT3.5, sendo que essas duas tecnologias são o resultado de melhorias significativas e aprimoradas ao longo dos últimos cinco anos. Indo um pouquinho além, nessa combinação os chatbots entram com uma interação, digamos, conversacional (e, aparentemente, inteligente), enquanto o GPT3.5 produz resultados que entendem a pergunta, o conteúdo e o contexto. Bem simples, não?

Para quem trabalha com inovação e com soluções de automatização de processos, como é o meu caso, o ChatGPT é um “prato cheio”. Porque ele nos permite turbinar nossas aplicações, com a possibilidade de fornecer uma interação com os Clientes baseada em uma curadoria das fontes de informação. Integrar o ChatGPT às soluções de comunicação e de atendimento ao Cliente é, sem dúvidas, uma alternativa segura para atender ao consumidor que deseja atendimento personalizado e sem tempo de espera. E, com a ferramenta, podemos coletar e analisar informações de conversas, gerando históricos e insights valiosos. Com a recente possibilidade de integrar o ChatGPT a diferentes aplicativos em breve (já que o API do chatbot foi disponibilizado pela OpenAI para desenvolvedores na semana passada), poderemos integrar as funções de bate-papo e respostas em texto do ChatGPT em diversas plataformas, de diferentes jeitos – atualmente, alguns aplicativos já usam o recurso de modo experimental, como é o caso do Snapchat.

Antes, a tecnologia era muito aplicada em processamento, ou seja, para ganho de performance em cálculos, dados e produtividade colaborativa, automações… Nós, humanos, éramos os criativos, os que programavam, e cabia à tecnologia executar o que era esperado. Agora, ela também tem o dom criativo, nos devolvendo o que não foi programado, mas, ensinado. O fato é que não só o ChatGPT, mas todas as inteligências artificiais ainda irão evoluir muito, e esse desenvolvimento acontecerá por meio da interação com os humanos. Vislumbrando um prognóstico positivo, estamos diante de um cenário que se desenha em parceria pelos humanos e as inteligências artificiais, no qual o pensamento original ainda será humano, mas que, aos poucos, há de se tornar mais elaborado e complexo à medida que for apoiado pela IA. Esse será o futuro da automação, em seus mais variados contextos, inclusive no atendimento a Clientes, que são cada vez mais digitais. Eu acredito no potencial do ChatGPT para nos guiar em direção a um universo de oportunidades.

A indústria 4.0 e a Automação de Processos

(Com o crescimento do processo de automação, empresas precisam se atualizar para se manterem competitivas)

*Artigo por Gustavo Pasqual, diretor de marketing da AutomationEdge Brasil

Revoluções, geralmente, começam de forma silenciosa, e com a Automação de Processos não é diferente. A indústria 4.0, termo que se refere a quarta revolução industrial e vem acontecendo desde os anos 2000 com o surgimento da Internet das coisas (IoT), é quem, silenciosamente, deu início a automação.

Segundo pesquisa global conduzida pela McKinsey & Co. em 2020, 66% de uma ampla gama de líderes empresariais estavam buscando soluções para automatizar pelo menos um processo, mostrando um aumento dos 57% de dois anos antes. A porcentagem de empresas que automatizaram totalmente pelo menos uma função, no entanto, cresceu mais modestamente, de 29% em 2018 para 31% em 2020.

Nesses dois anos em contato com casos reais de automações no cenário brasileiro, fica claro que, em alguns anos, todas as empresas do mundo usarão automação em seus departamentos. As empresas que conseguirem automatizar seus processos de forma eficiente terão uma vantagem competitiva difícil de ser equiparada sem essa tecnologia.

Fazendo um comparativo simplório, será o mesmo que colocar em uma competição um corredor profissional contra uma pessoa comum de bicicleta, por mais que o corredor seja muito eficiente em algum momento a bicicleta irá mais longe ou mais rápido. É assim que a automação está criando essas lacunas de produtividade no mercado brasileiro. Ainda não é possível visualizar essas lacunas de forma explicita, mas quando exploramos os casos de sucesso vimos que o que se cria é um diferencial exponencial em relação aos concorrentes. No entanto, essa mudança é silenciosa e permanente, pois as pessoas que executavam essas tarefas repetitivas agora estão com outras atribuições, utilizando seu tempo para realizar tarefas mais desafiadoras. 

Quando nos deparamos com empresas que se diferenciam, seja em atendimento, custos ou entrega de valor, a grande maioria conseguiu criar processos eficientes e automatizá-los. Abílio Diniz, administrador e empresário brasileiro, disse uma vez que a fórmula do sucesso é conseguir unir pessoas e processos. Com pessoas certas e processos bem desenhados qualquer empresa consegue atingir o sucesso.

Assim como as empresas precisam evoluir para continuar existindo, as pessoas também precisam se atualizar. Esse é um bom momento de começar e pesquisar sobre essa tecnologia de automação no mercado e ver como ela pode ajudar o seu negócio também. 

*Gustavo Pasqual é formado em Publicidade e Propaganda, com 23 anos de experiência em Marketing e 15 anos em Serviços de TI.